Iluminação Cênica: técnico não é Personal Trainer

Hoje eu quero estar tratando de um tema ligado a Iluminação Cênica.

No entanto é um tema que está muito mais ligado a questão comportamental do profissional da nossa área mesmo, da área do iluminador, do técnico para o entretenimento.

Em outras palavras, mais precisamente o técnico operador, que é aquele que viaja, aquele que está sempre junto, aquele que vai fazer as turnês…

Porque nem sempre o iluminador vai junto, muitas vezes é mandado o operador ou um técnico mais especializado. Então eu quero estar comentando sobre isso hoje.

 

Iluminação Cênica e as verdades que ninguém comenta

O que eu quero estar comentando é o seguinte: depois que começou o que eu chamo dessa questão da “revolução digital”, ou seja, depois que os aparelhos robóticos, os LEDs adentraram ao mercado do entretenimento, e agora, recentemente…

Há algum tempo participa também do LEDs teatro, muitos locais têm esses aparelhos que gente pode trabalhar da melhor maneira.

Consequentemente, nós temos também consoles de iluminação para que operemos cada vez com maior precisão, com maior técnica, com uma maior engenhosidade, vamos dizer assim.

 

E o que acontece, o que eu vejo?

O que eu vi de crescimento nesses últimos anos?

Que eu quero estar levando a questão do que eu estou chamando hoje aqui no nosso vídeo, é que o técnico ele não é um Personal Trainer.

Onde eu quero chegar com isso?

 

Acontece o seguinte: devido a essa grande revolução, muita gente está adentrando no mercado da iluminação ultimamente.

Nós sabemos que nós que somos do ramo, vocês e eu também…

Ainda mais eu que trabalho com centros culturais há praticamente 13, 14 anos, em torno disso…

Então eu conheci muita gente nesse mercado, vi a evolução vindo e chegando onde está.

Eu pude, com muito prazer, acompanhar tudo isso, eu sempre corri atrás de informações, mesmo quando deixava os centros culturais e ia trabalhar com companhias, viajando, eu sempre tentei saber ao máximo, sempre lia a respeito…

 

Os Profissionais despreparados na Iluminação Cênica

Hoje em dia eu tenho uma certa especialização, entendo um pouco…

Perto do que se tem eu acho que eu deveria entender muito mais, mas eu tento entender e cada vez mais estar compreendendo o que o mercado tem pra gente.

Só que o que está acontecendo ultimamente?

Eu vejo muitas vezes profissionais viajando, esses que viajam com companhias, os operadores, muitas vezes parece que eles estão despreparados para estar desenvolvendo a habilidade de operação mesmo.

Até alguns anos atrás era muito mais prático de se trabalhar a questão de operação numa mesa, porque você tinha toda a mesa analógica, você tinha todo o sistema, você ia fazendo durante traine o espetáculo, enfim…

Haviam “N” questões, era muito mais analógico. Hoje em dia com o digital é um pouco diferente.

Com o digital tem que pensar um pouco mais.

O digital ele requer uma lógica de pensamento um pouco diferente, porém a forma de operação ela não mudou.

O que mudou foi a forma com que a gente conduz tudo isso, toda essa prática da questão operacional no console.

E é aquilo que eu falei, muitas vezes o profissional que está junto, ele não está preparado. E o que acontece quando ele chega no local?

 

Atualização Técnica e Operacional do Profissional em Iluminação Cênica

Às vezes pede uma infinidade de equipamentos e não sabe lidar com aquilo.

Ele depende muito dos técnicos do local, dos técnicos que estão locando o material para poder fazer as coisas.

E eu serei muito sincero nessa questão, o operador ele vai ter que estar preparado para pegar qualquer console que apareça.

Desde um console analógico até um console digital.

Desde um console digital de menor porte até um de grande porte…

“Ah, mas é muita coisa para aprender”…

Sim, é muita coisa para aprender.

É bastante coisa que tem que aprender.

Por isso que hoje em dia você tem os cursos especializados, você tem cursos desenvolvidos para cada área, para cada marca de material, ou seja, para cada fabricante de material.

As fabricantes elas estão fazendo cursos, então é só você entrar contato com as fabricantes que você vai conseguir fazer isso, com quem as representa aqui no Brasil…

Se depois alguém quiser me chamar, eu até passo os contatos se você quiser aprender alguma determinada console.

Por que eu estou dizendo isso? Porque você chega no local completamente despreparado e quem está lá muitas vezes não está lá só para fazer isso, ele está lá e ele já montou…

A gente sabe que a realidade no Brasil, muitas vezes, os técnicos passam a noite montando para você.

Eles passam a ter muitas vezes duas, três, quatro, cinco horas de sono… Isso se tiver… 

Além disso, as vezes ficam noites sem conseguir dormir…

Aí chega um profissional que se diz operador e não consegue levantar faders, apertar um botão para poder gravar na mesa. Isso é extremamente complexo.

Ele simplesmente fala para o técnico que está acompanhando todo o procedimento, no qual ele teve contato, ele vira e fala:

“você grava para mim?”

“Você faz as gravações das cues pra mim?”

“ah, eu não sei mexer nessa ‘mesa’, você tem que fazer…”

 

A falta de humildade Profissional entre os próprios Profissionais

Gente…Vamos acordar um pouquinho pessoal que opera a iluminação, para que não ocorra mais isso sabe.

Chega e fala no local, seja humilde: “Olha, eu não sei trabalhar com isso, você pode me dar uma explicação rápida para que eu possa fazer?”

Porque o técnico do local, o técnico da locadora não tem obrigação de gravar para você.

Eu falo que as produções hoje em dia elas têm que viajar com um profissional qualificado, elas têm que viajar com profissionais que realmente atendam a demanda.

Há uma falha tão grande nessa questão de operadores que às vezes me assusta, porque eu penso, poxa, esse Profissional para estar trabalhando ali tem que ter um DRT, e eu também tenho um DRT, e fico pensando: como será que ele conseguiu esse DRT se não sabe afinar um elipsoidal…

Faz confusão com lentes Fresnel e PC sabe. Olha de repente um moving light, não que você deva saber qual é a origem daquilo, não é isso,  mas olha pro moving light e não tem noção do que é um Spot, Beam ou Wash, olha para um LED e não tem noção do que é um LED COB, um Quadriled, Ou SMD seja lá o que for…

Acima de tudo isso é o básico que um operador tem que ter.

Eu já tive experiências de que o operador chegou na cabine, olhou para uma mesa digital de áudio, olhou para uma mesa digital de iluminação e perguntou qual era a de iluminação.

Então, quer dizer, isso me assusta, por quê?

Porque é esse o profissional que está adentrando no mercado, opa, tem alguma falha. Tem algum erro em todo esse estudo dele.

 

Puxão de orelha para “Profissionais Amadores” na Iluminação Cênica

Esse é o recado do que quero estar deixando para quem opera e para quem viaja com espetáculos.

O técnico do local e os técnicos que você contrata não são Personal Trainer para ficar junto com você.

Entenda que fazem até um certo momento, depois daquilo a parte técnica já não é mais, a parte operacional, a parte de você trabalha dentro do console é contigo, é com quem viaja, eu não tenho que saber…

Não adianta ficar: “ah, porque eu quero uma luz…”

Isso é você que tem que fazer e não técnico o que está te recebendo. Combinado?

Se tiver qualquer dúvida, eu sei que esse assunto ele dá muito pano pra manga.

Sei que muita gente não vai gostar disso, mas essa infelizmente é uma realidade e a gente tem que começar a bater nessas teclas.

Tem que começar a discutir isso dentro dos grupos, dentro de uma área não somente de grupos, mas de uma forma aberta.

Eu estou em vários grupos de iluminação e às vezes eles falam “ah, fulano não fez isso, fulano não fez aquilo”…, mas como foi?

Ele foi preparado?

Será que ele está preparado realmente?

Será que não tem que estudar um pouquinho mais para começar a viajar, para começou a operar?

Eu sei que todo mundo precisa ganhar, mas esteja preparado em qualquer função que você faz.

Em qualquer profissão você tem que estar preparado.

Parece que a nossa Profissão vira uma brincadeira, da mesma forma que não sei porque ela é mais artística, não sei se é porque a tecnologia digital levou a isso…

Em conclusão, não levem a mal o que eu estou falando, leve como aprendizado, leve como um feedback.

Eu também tive muitos feedbacks quando eu comecei, até hoje eu tenho, eu tento aprender com tudo isso, tento estar entendendo tudo o que envolve a iluminação.

 

 

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