Ser-Luz, vamos pensar um pouco mais sobre a nossa Carreira na Iluminação Cênica?
Hoje eu quero abordar contigo uma questão que eu considero extremamente importante.
Você se valoriza como profissional na área da Iluminação Cênica?
Auto avaliação para a Carreira na Iluminação Cênica
E, consequentemente com essa questão, questione-se também como você se posiciona diante das funções que você executa na Iluminação?
E eu quero ter essa discussão aqui contigo para que você pense o seguinte:
A gente sabe que a nossa profissão praticamente é nova, temos que ter ciência disso.
Nossa profissão não é tão antiga como a de um advogado, de um médico, de um arquiteto, enfim, por aí vai…
E especificamente, quando se trata do tema da Iluminação, acho que eu já comentei em meus materiais por aqui algumas vezes, mas hoje eu quero falar especificamente disso.
Eu costumo dizer que quando a luz está pronta, quando todo aquele processo que envolve toda a parte de desenvolvimento, de construção de cenas, de construção seja lá do que for, depois que tudo está pronto, todo mundo é iluminador, né?
E como você reage quando quanto essa questão?
Como você se autovaloriza e passa essa valorização pras pessoas que estão ao seu redor?
Outros posicionamento que deve ter enquanto Profissional em Iluminação Cênica
Eu estou questionando isso até porque a gente sempre ouve, e eu acredito que você também já tenha já tenha ouvido falarem isso: “aqui é só colocar um refletor e está tudo certo”.
E a gente sabe que não é bem assim, a gente sabe que vai muito além disso.
E, recentemente, eu ouvi de um trabalho que eu estou executando a pessoa falar assim:
“Ah, mas seu trabalho é muito fácil, é só você chegar, colocar o [spot] ali, colocar pronto e acabou”.
Eu falei para a pessoa que não, expliquei para essa pessoa que me que me questionou, porque na verdade eu senti aquilo lá como um questionamento, cabia naquela situação valorizar a nossa profissão.
Então, o que eu respondi pra essa pessoa?
Eu falei: “Olha, não é simplesmente colocar”.
Antes de qualquer coisa, eu tinha que saber o que eu precisava iluminar. Para que eu ia iluminar aquela determinada cena, estar fazendo aquele determinado efeito…
A partir disso eu comecei a ver a questão também de qual refletor eu posso estar usando aqui, qual o tipo? [Spot], que nesse caso era um projeto mais ou menos técnico…
- Qual [spot] eu poderia estar usando?
- Posso usar então o X, dentro desse X o que eu posso fazer então?
- Eu vou trabalhar com um ângulo aberto?
- Vou trabalhar com um ângulo mais fechado?
- Como eu vou estar fazendo isso?
- Após decidido isso, o que eu vou trabalhar?
- Eu vou trabalhar com uma correção de cor?
- Eu vou corrigir, eu vou aumentar ou diminuir essa temperatura de cor?
- Eu vou usar um efeito difusor?
De repente eu posso estar usando também algum tipo de cinefoil, ou blackwrap, como alguns podem conhecer, aquele alumínio preto que a gente utiliza como barndoor, utilizamos para fazer máscara, essas coisas…
E eu expliquei tudo isso para ele, como é feito todo o tratamento que eu tenho com a iluminação…
Foi muito engraçado porque a partir disso, o questionamento dele começou a ser diferente, ele falou assim para mim: “nossa, Ale, eu não sabia que que era tudo isso.
Eu achava que era só chegar e “colocar” o aparelho na Iluminação Cênica
As pessoas estão acostumadas a ver a luz pronta, mas elas não sabem a dificuldade que se é criar uma iluminação, seja ela pro teatro.
Portanto, seja ela pra arquitetura, seja ela para um evento externo, seja ela para um show, seja ela para uma exposição, seja de quadros ou de esculturas, seja lá o que for…
Então, pra tudo isso a gente tem técnicas, mesmo dentro do teatro nós temos técnica, mesmo trabalhando muito artisticamente nós temos técnica, mesmo sendo de uma forma mais simples…
Por exemplo:
Dentro de uma casa como eu vou trabalhar?
Colocarei um lustre, um plafon, arandela, e por ai, mas como o que eu vou trabalhar tudo isso?
Mesmo parecendo simples (que não é), tudo isso tem que ser pensado. Isso não é algo simples.
Não é simplesmente chegar e falar: “ah, eu quero”, muito pelo contrário…
Às vezes a gente vai bater também de frente com o gosto do cliente, tem clientes que vão chegar e falar pra você: “olha, aqui eu quero um foco mais fechado, que seja assim e assado” e por aí vai.
A gente tem que saber também valorizar a nossa profissão diante do mercado e diante das pessoas também, que muitas vezes não conhecem…
E, cabe a nós, diante de todos as situações que nós passamos, argumentar a nosso favor.
É aquilo que eu já falei em um dos vídeos, como você se vende? Então, muitas vezes pra poder argumentar a gente tem que estudar, a gente tem que saber sobre diversas áreas que eu sempre comento aqui.
Para que pensar tudo isso para a Carreira na Iluminação Cênica?
Para a gente ter argumentação e para que a gente possa, além de se autovalorizar dentro da sua profissão, você valorizar também a profissão, seja ela como criador, seja ela como operador, seja ela diante de uma questão mais técnica…
A questão é essa: conheça aquilo que você gosta.
Conheça a fundo, para que você tenha uma argumentação legal e, além da autovalorização, que você vai estar trabalhando com aquilo que você gosta, você ensina as pessoas também o que é a iluminação e a valorizarem ela por isso. Não é simplesmente escolher um refletor, vou colocar isso aqui…
Não é somente isso. Vai muito além disso. Beleza?
Então, está dado o recado hoje.
Hoje eu deixo esse recado para você que está me acompanhando, agradeço muito imensamente.
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Então, é isso, eu agradeço e desejo que vocês tenham uma excelente e iluminada semana.
A gente se vê na próxima, valeu. Muito obrigado.
Brindes especiais do post
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