A tecnologia na Iluminação Cênica te dá medo?
Sempre brinco dizendo que a Iluminação Cênica “te engole” se você não souber domá-la, já parou para analisar isso?
Digo aprender a domá-la em diversos aspectos, tanto técnico quanto artístico.
Já tive esse medo também quanto a tecnologia digital na Iluminação Cênica. Mas isso é muito comum em tudo que é novo.
Saiba que toda informação nova que seu cérebro recebe ele precisa de um tempo (que muda de pessoa a pessoa) para analisar tudo e se organizar, portanto não tenha medo das novas tecnologias.
No entanto o trabalho na Iluminação Cênica é uma dedicação como qualquer outra profissão. Talvez a diferença que a formação acadêmica não está atualizada no Brasil.
Por isso mantenho o “Cartilha de Iluminação Cênica” e faço questão de escrever sempre sobre o que precisamos para melhorar nossa carreira.
Com a chegada do mundo digital temos os APP e softwares para projetos em iluminação.
Essa facilidade de “criar”, apareceram os especialistas em iluminação.
Então alguém estuda um software, em um mês já se considera um iluminador e profissional na área. Mas eu, sinceramente falando e criando um atrito grande, sou contra essa forma de trabalho.
Operação de luz num console é nivel intermediário
Confesso que em meus cursos e oficinas, digo que a operação está num nível intermediário.
Ou seja, penso que primeiro você entende o funcionamento teórico e técnico desde as fontes, instrumentos de trabalho. Também entende e compreende o universo lumínico para depois começar a operar.
No entanto, porque é necessário conhecer termos técnicos. Depois disso começará a entender um console e softwares com mais facilidade.
A. Azuos
É isso que tentarei explanar um pouco melhor neste post, estamos numa época de grande dinamismo.
Ao mesmo tempo que você está lendo este post, talvez esteja sendo lançado uma nova fonte de iluminação, um software, APP, ou mesmo novas ideias de economizar energia.
Portanto nosso ramo também acompanha muito essa avalanche de informação e tecnologia.
Neste post quero dizer para não sermos escravos de toda essa facilitação de aplicabilidade digital. Entretanto devemos sim entendermos que tudo isso é FERRAMENTA DE TRABALHO.
Sinceramente eu penso que você tem que ter a destreza de seu uso, para não tornar-se uma escravidão em sua vida.
Mas então, o que mais tenho que entender além de consoles, softwares e APP?
Não sou contra a tecnologia, pelo contrário, sou a favor dela sim, mas de forma a ser usada a seu favor e não como vejo, que se não tiver o console ou o aparelho robótico da moda não consegue fazer mais nada.
Dentro do universo técnico do entretenimento em geral, os poucos profissionais em iluminação cênica, sabem a real necessidade de se dominar todo o sistema de iluminação, desde toda sua compreensão técnica de aparelhos e consoles, até o domínio de todo seu processo visual e estímulos psicológicos.
Falar da psicologia e estímulos visuais requer estudo de anos.
Conforme conta-se na história mundial, data de milênios, falar do estímulo através das cores, formas, etc, existem registros sumérios, povos pré-egipcios.
Em suma, realmente não é num post, ou mesmo que eu passe a escrever um por dia e viva mais uns 50 anos, talvez não consiga falar tudo a respeito disso.
Também o que nos interessa disso tudo, é saber que lidamos com linguagens visuais. Ou seja, se optarmos em trabalhar com criação de projetos, e isso está além dos conhecimentos técnicos de APP e softwares.
O conhecimento teórico aliado a prática e vivência diária da compreensão visual, servem para:
“desempenharmos da melhor forma possível diversas funções sejam nos palcos, praças, numa vitrine, numa residência, num jardim, etc.”
Tudo exige conhecimento técnico amplo. Saiba que não restringe apenas a trabalhar com material de última geração ou o melhor renderizador para mostrar uma realidade virtual.
Caso não entenda ou saiba explicar ao cliente que aquilo é apenas uma ilusão e que ao realizar ocorrerá algumas modificações visuais.
Deve-se compreender também que essas ferramentas aliadas a outros áreas do conhecimento:
- capacita um profissional da iluminação a ser quem ele é realmente;
- diversifica seu portfolio de trabalho nos mais diversos segmentos de atuação, seja funcional ou artístico.
Para profissionais em Iluminação Cênica: Iluminadores e lighting designers
Muitas pessoas ficam na dúvida sobre como chamarmos profissionais na área de Iluminação Cênica.
Talvez isso ocorra com os nomes mais populares que são: Iluminador ou Lighting Designer.
Ao pesquisar um pouco sobre artes visuais e artes plásticas, você compreende que a palavra Designer, que surge da palavra “desígnio” que lá no século XVI. Vasari explica que:
“os artistas que eram “Designados por Deus” todos aqueles que expressavam algo através de pintura ou arte. Todas as artes visuais como arquitetura, pintura, escultura vieram do desenho.”
Já “americanizando” as informações, teremos:
- Draw (desenho) e designer (projeto)
- os iluminadores conseguem compor de forma harmônica, cores, ângulos, luz sobre objetos de cena e isso tudo com base em desenhos e projetos de luz.
Depois disso, dessa compreensão, ambos os termos podem ser usados, mas se optar pelo nome em inglês, escreva-o corretamente.
Em suma iluminadores e lighting designers são profissionais que desenvolvem um PROJETO DE ILUMINAÇÃO. Ora seja para o entretenimento, ora seja para a arquitetura, ambos possuem a luz como matéria-prima.
Entenda isso bem explicado nesse video:
Agora poderá ouvir o Podcast do “Cartilha de Iluminação Cênica”, ouça no link abaixo:
Resumindo, pense que adaptar-se às novas tecnologias:
É a mesma adaptação da mesma foram de quando a lâmpada elétrica foi introduzida no mercado comercial.
No início houveram as dúvidas e hoje em dia é o nosso ramo de trabalho.
Pense nisso caro Ser Iluminado.
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Brindes especiais do post
BORA ILUMINAR O MUNDO!!!