Iluminação Cênica e Luminotécnica - 2/4: Lâmpadas de Filamento

Ser-Luz, a Iluminação Cênica cada dia está mais exigente quanto ao uso de uma terminologia específica, por isso esta série especial para que possa se profissionalizar mais ainda.

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Fontes de Luz: Lâmpadas de filamento  

Segundo post e  vamos falar sobre as fontes de luz para a Iluminação Cênica.

Conto uma curiosidade, que antes de Thomas Edison lançar sua lâmpada incandescente, no final do século 19 havia na iluminação pública e também em faróis de navegação dos portos.

Era um sistema composto por dois eletrodos de carvão muito próximos, por onde passava uma descarga elétrica, produzindo uma luz muito intensa, fato que impossibilitava seu uso em ambientes fechados como comércios e residências.

Esse princípio lumínico foi conhecido como sistema de arco-voltaico, atualmente é usado nas lâmpadas de arco e mistas (falarei melhor nos próximos posts sobre isso), mas fiquem com a imagem de um sistema desses, do século XIX, e tentem imaginar como era:

 

foto retirada do site: http://mfisica.nonio.uminho.pt/index.html

 

Com a evolução rápida da física, foi a chance que os físicos e estudiosos da época tiveram o princípio para os estudos  da lâmpada elétrica.

Mas foi Thomas Edison quem saiu à frente e a popularizou, criou uma lâmpada composta por um envólucro de vidro que em seu interior havia uma resistência fechada a vácuo, gerando uma luz equivalente a 2 lúmens.

Assim era possível ser colocado em qualquer lugar e com mais segurança que as lâmpadas a gás e de arco, começando assim sua industrialização e comercialização em escala.

O princípio desta lâmpada de Thomas Edison existe até hoje, e no dia a dia já tivemos muito em nossas casas.

São as lâmpadas incandescentes, a grandes vilãs de nossa conta de energia no final do mês, e é sobre elas que começo o artigo sobre lâmpadas, e os próximos serão sobre as lâmpadas fluorescentes e por último as lâmpadas de arco e descarga, no anterior falei sobre as suas grandezas para podermos entender alguns tópicos melhor.

 

ENTENDO O SISTEMA DE UMA LÂMPADA

Tomo como base de qualquer lâmpada, quatro fatores:

– BULBO (geralmente de vidro ou cristal de quartzo)

– GÁS INERTE (vejam os gases nobres da tabela periódica)

– PRODUTOR DE LUZ (filamento com metal de tungstênio ou eletrodos)

– BASE (rosca ou bipino)

 

lâmpada incandescente comum

 

 

LÂMPADA INCANDESCENTE

O próprio nome dessa lâmpada já descreve muita coisa, a luz “acontece” com a corrente elétrica passando pelo filamento (resistência) aquecendo-o, provocando o fenômeno da incandescência (igual uma brasa na lareira), que a medida em que se aquece produz a luz.

Já disse que essa lâmpada é uma vilã na nossa conta de energia, pois, 90% é transformado em calor e somente 10% em luz, isto não tem nada a ver com temperatura de cor da lâmpada, ja abordei sobre o assunto no post anterior sobre as grandezas lumínicas.

Geralmente essa lâmpadas tem seu bulbo produzido em vidro ou cristal de quartzo, fechado a vácuo, com potências até 200 Watts, e sua base  é de rosca.

Essas lâmpadas tendem a ficar com o bulbo escuro por quê quando ocorre a reação da incandescência, são liberados pelo filamento do metal de tunsgstênio elétrons “que não voltam”  que são depositados nos bulbos das lâmpadas (por isso são lâmpadas maiores), fazendo com que o filamento se desgaste,  reduzindo sua vida útil.

Fotos desse tipo de lâmpada:

 

alguns modelos de lâmpadas incandescentes especiais

 

 

LÂMPADA HALÓGENA

Tem o mesmo princípio da incandescente, com algumas diferenças:

–  o seu bulbo é feito de cristal de quartzo, podendo suportar uma temperatura muito maior.

– dentro dessas lâmpadas existe um gás halógeno que produz o que chamamos de “ciclo do halogêneo”;  esse gás “captura” o elétron liberado pelo tungstênio voltando-o a sua origem, proporcionando uma maior durabilidade da lâmpada e redução de seu tamanho.

– consequentemente temos uma potência maior desse tipo de lâmpada, chegando até 5000 Watts.

Essas lâmpadas são as mais usadas em teatro, TV e cinema, por serem incandescentes produzem uma  Temperatura de Cor próxima ao tom Amarelo e vermelho,  deixando um clima bem agradável e deixa a cor  da pele mais corada, além de podem ser dimerizadas.

Fotos desse tipo de lâmpada:

Lâmpada AR, geralmente usada em arquitetura, tem o facho bem concentrado 
é geralmente combinada com espelhos dicróicos

 

lâmpada halógena dicróica = uso frequente para quadros  

 

As lâmpadas acima, levam esse nome devido ao material dicróico que tem a capacidade de dividir um dos feixes dos comprimentos de ondas, no caso aqui é o vermelho, liberando o calor e deixando a luz “mais branca”; essa habilidade é encontrada em filtros e espelhos especiais (a palavra surge do grego: dichroos – bicolor)

lâmpadas halógenas bipinos = geralmente usadas em abajoures e pendentes para decoração 

 

lâmpada halógena PAR 36 = utilizada em jardins

 

lâmpada halógena “palito” = utlizado para iluminar área maiores como quintais e jardins (será melhor abordadas em refletores)

 

lâmpada halógena T19 = uso em aparelhos de iluminação profissional (será melhor abordadas em refletores)

 

Iluminação Cênica Alessandro Azuos
lâmpdas PAR (Parabolic Aluminezed Reflector) 64 = uso profissional  (serão melhor abordadas em refletores)

 

Para manuseio dessa lâmpada deverá ser utilizado luvas, ou algum material que não toque diretamente com a sua pele, que deixa resíduos de sujeira e gordura, e quando aquecida “frita o bulbo” e diminui o tempo de vida útil da lâmpada, podendo correr também o risco de algum acidente.

Bem, escrevi demais, finalizo aqui mais uma parte sobre lâmpadas, espero que já tenha  auxiliado um pouco mais, quaisquer dúvidas que venha a surgir só entrar em contato.

 

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Iluminação Cênica Alessandro Azuos

 

Informações:

foto de capa: https://br.pinterest.com/pin/537828380478733165/

 

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