Ser-Luz, a lei 6533/78 estabelece as função na Iluminação Cênica, vamos falar sobre elas?
Hoje trago um assunto e, mais uma vez falando sobre carreira.
Eu quero discutir com você sobre isso, porque é algo que interessa a todos nós que trabalhamos com isso.
Iluminação Cênica: operador, técnico e iluminador
Sobre o que é o técnico, o que é o operador e o que é o iluminador.
Na verdade, acho que vou estar me abrindo com vocês quanto ao caso que eu passei nesses últimos períodos aí, e a gente vai estar conversando um pouquinho sobre isso.
Dentro de nossa carreira até o presente momento, nós temos o que a gente pode chamar de função…
A nossa carreira se divide em:
artística: iluminador
técnica: operador e técnico (eletricista de espetáculos)
O técnico na Iluminação Cênica
Dentre essas carreiras, por exemplo, de técnico de iluminação, geralmente o técnico ele é o profissional que vai entender em questões de aparelhos, ele vai entender todo o procedimento, o que é o DMX, o que é uma linguagem mais analógica, o que é uma linguagem mais digital…
Depende da forma com que ele trabalha, do nível que ele está inserido dentro da função, ele vai ter que entender também um pouco de eletrônica.
Ele tem que entender de eletricidade, porque geralmente o técnico ele está muito ligado à questão de montagem, a procedimentos e execuções que envolvem todo esse processo da montagem em si do espetáculo.
Ele tem que entender de ler mapas, ler plantas também de iluminação, que isso é extremamente importante…
Geralmente o técnico ele vai pegar o seu mapa e ele já vai entender muita coisa que você vai fazer a partir do mapeamento, da planta de iluminação que você segue para ele.
,Independente da forma com que você faça a planta ou o mapa de iluminação…
Outra coisa também que o técnico faz: dentro da função técnica, existe também a função de programador de iluminação, por que isso?
A tendência dos consoles digitais está crescendo muito dentro do mercado mundial de uns anos para cá, e existem profissionais que se especializam numa determinada marca, por exemplo.
Outro exemplo, um profissional se especializou numa programação em GrandMA, só vai trabalhar com aquilo, só vai trabalhar com a programação daquela mesa.
Ou seja, é um profissional que quando tiver algo extremamente grande, por exemplo, ficar em temporada durante seis meses, um ano com um determinado musical, um exemplo que eu estou citando…
Então eu vou chamar o programador…
As viagens para quem é operador e técnico em Iluminação Cênica
Para quem viaja muito, principalmente como teatro, aconteceu muito isso…
Com shows a gente sabe que a gente tem mais acesso a consoles de maior porte técnico, softwares que estão sendo inseridos cada vez mais no mercado…
Ainda bem, porque só facilita nossa vida…
Assim, para quem viaja muito, às vezes conhece só o básico de cada mesa.
E é interessante também ao operador conhecer questões técnicos e diversos consoles e softwares.
Porque o operador ele vai estar voltado praticamente a operar o espetáculo.
Só que muitas vezes ele é inserido no mercado também como técnico.
Vejam como a gente acaba executando, às vezes, mais do que uma função dentro do nosso cargo.
Lembrando aqui que o técnico está ligado a questão de montagem e operação.
Essa parte operacional de sistemas e que envolvem as práticas de montagem, também estaria ligado as questões técnicas.
Então, o operador ele é técnico juntamente com o técnico que faz as montagens
Por que eu falo isso?
Porque existem profissionais que adoram fazer montagem e, de repente, não gostam de operar.
Tem outros profissionais que vão gostar mais de operar, porém não são muito ágeis em montagem, têm uma certa dificuldade…
Quero deixar bem claro para vocês isso:
Todas as funções são importantes para que se execute o espetáculo.
Operador e seu “operacional” no dia a dia
Então, vou tentar falar um pouquinho da técnica antes de gente voltar um pouquinho para a operação.
Agora o operacional ficou mais fácil pra gente poder entender. Então, o técnico se especializa nessa questão de entender cada projetor, cada refletor…
Ele tem que entender do processo digital como DMX, aparelhos e dispositivos robóticos, programação de consoles, os comandos específicos, nomenclatura técnica e por ai vai uma lista técnica obrigatória.
Enfim, tem que entender tudo isso que como funciona, para quando ele pegar, de repente, um aparelho novo, eles saber o que é aquilo, ele saber o que ele vai procurar.
Então, são palavras que quando você está dentro, você tem que conhecer.
E eu falei da questão dessas pessoas que se especializam para trabalhar somente com um determinado software, uma determinada mesa, que são os programadores de consoles.
A questão operacional também…
Muitas vezes os programadores acabam operando, isso é muito comum também, não tem problema nenhum nisso.
Iluminação Cênica e a função do Iluminador
O iluminador ele trabalha na parte criativa do espetáculo, e muitas pessoas têm uma forte propensão a serem mais iluminadores do que técnicas ou operadoras, entendeu?
Porque há uma tendência no mercado e muitas pessoas que acabam dirigindo, muitos diretores, tudo acabam criando a própria iluminação, mas muitas vezes essa pessoa ela não tem o manejo de estar trabalhando tecnicamente isso no palco.
Existem as possibilidades, quando você trabalha, quando sua mente está em processo de criação, você vai trabalhar a questão sintática ou então morfológica, essa parte toda analítica da iluminação, quando você chega geralmente para montar, existem certas dificuldades.
Muita coisa que você imaginou, você não consegue fazer e, pra isso, você vai precisar do técnico de iluminação.
Percebe como uma função depende da outra? E eu digo isso porque eu já tive experiências que tinham operadores que chegam e acham que pode tudo…
E não. O operador também tem que ter uma noção da questão da iluminação.
Eu já comentei isso em um dos vídeos aqui.
Porque o operador é quem vai viajar com o espetáculo e, muitas vezes, ele tem que ser tão iluminador quanto o próprio iluminador, porque é ele que vai ter que entender todo o espetáculo, ele vai ter que se certificar de que certas atribuições de efeitos que o iluminador concedeu pro espetáculo ele vai ter que acontecer.
O operador tem um fator muito importante nisso.
Quando a gente chega num teatro, que tem um técnico que vai voltar pra gente, o técnico muitas vezes ele tem um conhecimento daquilo…
Se você, de repente, está em dúvida de alguma coisa, você tem que falar para ele: “Olha, eu vou fazer um determinado efeito, dentro do que você tem aqui, o que a gente consegue fazer?”
Porque, muitas vezes, você chega no teatro e você não tem tempo de montar… Isso quando a gente viaja no dia a dia, né?
Então no dia que você chega com um mapa enorme e não vai dar tempo de fazer isso, de programar…
A confusão das funções para artistas e produtores
Eu falo que são três funções extremamente importantes.
E, muitas vezes, há uma confusão tremenda nisso, porque certas produtores às vezes chamam vocês para fazer, nem que seja eu para colocar um único foco.
Mas você como técnico, como iluminador tem que fazer desse foco algo extremamente especial.
E começar também a questionar um pouquinho, “por que eu só vou colocar o foco?
Mas se eu colocar isso a mais? Porque não colocar algo a mais?”.
Então, muitas vezes vai confundindo isso. Principalmente na questão financeira, né, galera?
Muitos produtores, principalmente na questão ligada ao ao evento, o produtor de eventos ele chega pra você e ele pede pra você um trabalho de iluminador, porém, no entanto, ele paga você como um técnico…
E a gente sabe que a questão do iluminador ela é um valor um pouco mais elevado, por quê?
Porque ele é quem vai pensar em todo o projeto de iluminação. É o iluminador…
Enquanto as outras funções elas são mais executáveis, ou seja, elas vão trabalhar e executar para que a ideia do iluminador aconteça.
Só que de uns tempos para cá está acontecendo muito isso, principalmente na questão de eventos.
Eventos chamam você e pagam como se fosse uma diária de técnico, só eles querem você como iluminador.
Então, há uma confusão muito grande nisso. Vamos prestar um pouco mais de atenção nessas coisas.
Nós que somos profissionais, estamos diariamente em contato com a luz, com a iluminação, com esses projetos, com a área do entretenimento…
Eu falo que a área do evento ela integra parte sim do entretenimento, porque eles precisam do de iluminadores, eles precisam de técnicos, eles precisam de programadores…
Porque eles vêm com ideias, uns eventos extremamente gigantescos e, às vezes, a gente não domina certo assunto.
Então não custa nada a gente ter a humildade de chegar e, de repente, estar falando com o produtor: “olha, vamos chamar mais alguém aqui para estar auxiliando nisso aqui”.
Humildade: falta para muitos profissionais do setor da Iluminação Cênica
Então, gente, vamos ter um pouco de humildade, para a gente poder também estar aprendendo com pessoas que sabem.
Eu falo, gente, por mais que estudemos, por mais que trabalhemos dentro da área, por mais tempo que você tenha de carreira, existem muitos assuntos que às vezes você não domina…
Eu, por exemplo, não conheço muito bem o software 3D, mas não é por isso que vou deixar de trabalhar.
Se caso surgir uma oportunidade e eu precisar trabalhar, eu vou ter que correr atrás. Vou ter que buscar amigos, de repente eu vou ter que estar fazendo aula para estar fazendo isso…
Se alguém chega com um trabalho pronto, eu sei, de repente, dialogar um pouco com isso quando eu sei que tem alguma coisa que eu sei que não vai ficar legal…
A gente sempre vai ter algo a aprender.
Todas as pessoas têm sempre algo a te ensinar. Todas. Sem exceção nenhuma.
Todos os profissionais de diversos ramos, ainda mais o nosso ramo que abrange não somente a questão artística e a questão técnica, ele abrange a questão da psicologia, abrange questões gigante…
São indeterminados fatores, indeterminadas matérias que levam a gente a trabalhar com luz e iluminação na área do entretenimento em geral.
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Pode entrar em contato comigo direto, comentando um pouco sobre isso.
Reflexão para pensar como você age em sua carreira
Então, gente, vamos pensar um pouco mais sobre essa questão da nossa carreira.
Sobre a questão de se já não está na hora da gente começar, realmente, a construir alguma organização, alguma associação para começar a interagir um pouco mais dentro dessa nossa área e começar a lutar pelos nossos direitos.
Ou então, de começarmos a cutucar o nosso sindicato, o SATED, no nosso caso, para poder estar trabalhando um pouco mais junto nesse quesito e nessas questões que abrangem as funções da nossa carreira da Iluminação Cênica
Mais uma vez, muito obrigado, eu agradeço muito por ler este post.
Luz a todos e até a próxima. Valeu.
Brindes especiais do post
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