“Iluminação Cênica e o pré-cinema” é uma trilogia especial para o Halloween que reescrevo de meu antigo blog, aqui comento sobre a importância da iluminação cênica e outras artes visuais responsáveis pelo cinema de terror que temos hoje em dia, divirta-se.
PERÍODO DA CRIAÇÃO DO EFEITO “PEPPER’s GHOST”
Original de minha postagem “Enquanto os fantasmas nos divertem“:
Aproveitando o Halloween e comento aqui um truque de ilusão que foi uns primórdios da utilização de projeção e reflexão num teatro (não me esqueço que a sombra é milenar), e sempre a Iluminação Cênica presente.
No terceiro post comento que “os fantasmas nos divertem” numa data como esta, me remeto a um personagem de um dos meus preferidos filmes que é Jack, criado por Tim Burton, (The nightmare before Christmas) com título traduzido “O estranho mundo de Jack“.
Por eu ter um objetivo com este blog ligado diretamente a pesquisa e com informações seguras e comprovadas, todas as fotos estão linkadas para a matéria original, diretamente na fonte de onde retirei as imagens.
Tem uma semelhança ao meu post especial de Halloween: a inovação; “Jack” foi o primeiro longa de animação que se tem registro, assim como o efeito de aparição fantasmagórica que falarei neste post em especial.
O EFEITO “PEPPER’S GHOST”
Um pouco sobre a explicação:
PEPPER’S GHOST; foi o primeiro efeito de aparição que se tem registro; a técnica desse efeito é executada através do reflexo por espelhos. As vésperas do Natal de 1862, no Instituto Real Politécnido em Londres, Charles Dickens e J. H. Peppers se unem num acordo e criam uma ilusão através de uma folha de vidro previamente ajustada num ângulo, que refletia um ator que se encontrava no fosso da orquestra, sem que o público percebe-se a sua presença, várias peças foram escritas especialmente para ter este efeito; o registro que existe atualmente é que esse efeito ainda é usado com grande frequência, em menor escala, em diversos parques de entretenimento pelo mundo. (fonte: DICIONÁRIO DE ILUMINAÇÃO CÊNICA)
O primeiro registro que se tem na História da Iluminação Cênica de um efeito de aparição de fantasmas, data do ano de 1860, no qual o engenheiro inglês Henry Dircks, e químico John Henry Pepper (1821-1900), após uma parceria, desenvolveram o efeito que levou o nome “Sgt. Pepper’s Ghost” no qual criou mecanismos com truques de reflexão em vidros e espelhos, existe um indício que já usavam um truque parecido antes disso, mas a confirmação datada é somente esta.
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As fotos acima são algumas ilustrações dois exemplos da ilusão de Pepper em ação, como ilustrado em um manual da virada do século. Observe que o “fantasma”, no painel superior, representa num ângulo de imagem em que o público percebe o realismo, mesmo não sendo um ator real.
O único artista real nessa imagem está abaixo do público e fora do alcance de visão, sendo iluminada por um projetor, com uma fonte de iluminação com velas, refletido no vidro.
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Tão logo o efeito foi mostrado, ganhou repercussão e teve o nome ligado ao seu criador “Pepper’s Ghost”; apesar do efeito ser muito simples, havia alguns inconvenientes e limitações, o vidro era um deles, era grande e seu manuseio era com todo o cuidado por ser muito pesado, e uma vez fixado não haveria muita movimentação.
Esse foi um outro inconveniente quanto a acústica, sabemos que naquela época (século 19), não haviam amplificadores nem microfones, e o vidro criava um espécie de escudo acústico, correndo o risco da plateia não ouvir alguma parte da encenação; devido a isso, o efeito foi logo adaptado em feiras, casas assombradas, passeios escuros e espetáculos de carnaval, que mostra um fantasma parado, sem estar envolvido com a platéia.
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Há registros desse efeito pela iluminação cênica em espetáculos de “Christmas Carols” (de Natal) e produções de Shakespeare como Hamlet e Macbeth, e atualmente são muito bem empregados nos parques, em entretenimento como da Disney World, onde é uma atração da Haunted Masion, que desde a década de 90, existe um salão de festas, onde é possível visualizar fantasmas mecatrônicos executando movimentos fora da vista do público, enquanto o espectador percorre um mezanino elevado e visualiza o belo efeito do ângulo superior:
ONDE ENCONTRAR O EFEITO “PEPPER’S GHOST”?
Para quem conhece o grupo Gorillaz, sabe que os artistas nunca apareceram em público e seus clipes são desenhos de animação (digo que são fantásticos), além dessa ótima jogada de marketing, a mais surpreendente foi um de seus shows que estreou em novembro de 2005, no qual apareceram como personagens em 3D e dividiram o palco com artistas reais:
Cara Speller, produtor do show do Gorillaz ao vivo, comenta sobre o show:
“É uma tecnologia bastante antiga. . É essencialmente “Pepper’s Ghost”, que foi uma adaptação para o Victorian (local do show ao vivo) de reflexão e projeção para os espelhos “
Veja no video abaixo, entre 2:19 a 3:05, um pedaço desse efeito:
OBSERVAÇÃO: Para que não ocorram confusões futuras e caso algum artista ou página mencionados nesta série especial sintam-se incomodados com o post, peço a gentileza de entrar em contato comigo através de meus canais digitais, grato.
CONVITE
Ser Iluminado, o convido a conhecer o maior canal sobre Iluminação Cênica: