Qual Iluminação Cênica utilizar na frente do palco?

Iluminação cênica online Alessandro Azuos

Ser-Luz, como sabe, desde 2008 mantenho meus materiais sobre Iluminação Cênica na internet, sendo o pioneiro a trazer a informações com Qualidade Técnica e Profissional neste setor do universo lumínico.

Atualmente faço uso das redes sociais para ajudar a todos os profissionais que de alguma maneira me procuram.

Hoje possuo muito material original gratuito e pago, materiais criados especialmente para que Profissionais em Iluminação possam ter outras formas de entender a área, quebrando o tradicionalismo que há décadas mantém a mesmice.

Possuo desde Cursos Técnicos e de Gestão de Carreira e um livro que são vendidos em meu site, conheça aqui.

Já tem algum tempo que realizo em meu Instagram a mais famosa e ousada “Caixinha de Perguntas” através dos Stories.

Do qual recebo inúmeras questões sobre as falhas dos “cursinhos de luz” que venho sanando a medida do possível através das dúvidas de quem participa.

DÚVIDAS NA ILUMINAÇÃO CÊNICA

Este artigo é sobre a seguinte dúvida: qual Instrumento de Iluminação usar na frente de um teatro, de um espetáculo?

E eu vou passar uma informação técnica para essa resposta, “tá”? Não existe o certo e o errado, quem me conhece sabe que eu falo isso.

Eu sei que muitos cursos por aí ensinam que você só pode usar “x”, “y” ou “z” como Instrumento frontal, mas na verdade, muitas vezes, você acaba usando o que se tem, certo?

E tão importante quanto o Instrumento que você vai trabalhar, também é entender sobre a sobre a Fonte de Luz.

São “peças fundamentais na escolha do Instrumento de Iluminação”.

O que vejo, muitas vezes, o Profissional (que ensina) se preocupa mais com o Instrumento que ele vai utilizar (para tirar foto) do que realmente com o que aquele Instrumento e a Fonte de Luz vai, tecnicamente, projetar como efeito.

Por exemplo, se eu trabalhar na frente do palco com um Instrumento cuja Fonte de Luz é a Lâmpada PAR:

- - Obrigatoriamente tenho que entender que a PAR têm seus graus de abertura;
  - Cada grau cria um efeito visual diferente, tecnicamente temos distribuições de fachos mais estreitos ao mais alargados, vulgarmente conhecidos como fachos “fechado e aberto”;
  - Esse tipo de Instrumento possui um brilho intenso (alta luminância) em todos os modelos;
  - Seu facho possui formato elíptico, o que possibilita girar a Fonte (lâmpadas) em seu eixo, podendo ter uma visual de seu facho de forma horizontal, diagonal e vertical em relação ao objeto.
  - Aprenda mais sobre as Fontes de Luz modelo PAR aqui.

Então, eu, Alessandro, responder o que é certo e o que é errado, é muito estranho eu falar para você “põe o PC, põe o Fresnel, põe o Elipso”, porque muitas vezes a gente acaba se adaptando com o que se tem no local.

Se você, de repente, for fazer um projeto dentro de uma localidade, o que vai ter, dentro de teatro principalmente que já tem equipamentos, o que aquele teatro vai me oferecer para que eu faça.

O QUE SE PRECISA PARA O VISUAL DA ILUMINAÇÃO CÊNICA?

Eu não posso te falar o que é certo e o que é errado, o que pode e o que não pode usar, é o que eu posso te adiantar.

Veja a questão de que fonte de luz eu estou utilizando, se é fonte com algum dispositivo eletrônico, como LED, ou se é alguma fonte com tungstênio, de filamento.

E, além disso, qual é o Instrumento que eu vou trabalhar?

- Um Fresnel, que eu vou ter uma luz muito mais espalhada e seu facho com bordas mais brandas;
- Um PC que as vezes pode marcar um pouquinho mais;
- Um elipsoidal que eu consigo recortar ou então desfocá-lo;
- Como já menciona o Instrumento PAR vem “totalmente desfocado”, porém é só acertar o facho.

Então, assim, eu não posso falar o que é certo e o que é errado, apenas alertar isso, tenta descobrir qual é o instrumento que você tem para poder trabalhar.

Eu estou falando isso em teatro, “tá”?

Não estou falando nem cinema nem em gravação, porque aí são outras técnicas que você utiliza.

Aí você monta o projeto de acordo com o conhecimento técnico que você tem para poder estar trabalhando uma iluminação para fotografia, que no caso é para câmera.

Mas, para o olho humano, não interfere o que você trabalha, se é elipso, se é isso, se é aquilo, desde que se tenha noção da distância que essa luz vai percorrer e da abertura que ela vai ter.

OUTROS DETALHES PARA SEU PROJETO EM ILUMINAÇÃO CÊNICA

Então, da mesma forma, você tem que ver a questão da afinação.

Você vai fazer uma afinação “frontal cruzada”, entenda as diferenças de afiná-la reta ou cruzada, ou ambas:

- Para uma iluminação mais geral, por exemplo, é interessante direcionar as “laterais do palco” na frontal cruzada, eu consigo ter um melhor preenchimento dentro do espaço.

- Você poderá até afiná-la reta (abaixo), mas correrá o risco de ter a “laterais do palco/espaço” com mais sombra, talvez não seja a intenção.

- São técnicas (misturando ambas abaixo) que a gente vai adquirindo durante um tempo, com o tempo também, com o tempo, com leitura, com conhecimento, com prática.

E, assim, não é somente o Instrumento que a gente tem que levar em conta, mas sim a sua fonte de luz, o seu direcionamento para aquele espaço que a gente está incidindo, sabe?

Todavia, ter cuidado um pouquinho ali com detalhes de sombra, como aquilo que eu falei.

E, além disso, se eu tiver uma luz frontal muito centralizada, que não projete dentro daquele espaço completamente, eu corro o risco de quem está na lateral também acabar vendo de uma forma com sombreamento.

UFA… ASSUNTOS IMPORTANTES, O QUE ACHA?

Eu sei que este post ficou um pouco longo, mas eu acho extremamente importante estar falando nisso, porque, às vezes, a gente não percebe essas coisas.

Então, entenda isso, porque aqui eu já não estou falando mais da questão do equipamento, eu já estou indo mais para a questão da visualização da imagem, não é nem visualidade isso ainda, da visualização da imagem.

Porque para a visualização da imagem, eu preciso de três coisas importantes:

1. 1. primeiro, uma fonte de luz;
  2. segundo, eu preciso de algo que a luz incida e ela reflita, de alguma maneira, reflete aquela luz de alguma maneira;
  3. e terceiro, um sujeito perceptivo, ou seja, seu público, quem irá prestigiar determinada cena.

Depois disso, entenda que essas “três coisas” que eu tenho que pensar quando vou trabalhar com qualquer projeto de iluminação.

Então são essas três funções que a gente tem que levar muito, muito em conta quando a gente está trabalhando, quando a gente está pensando na questão de projeto de iluminação.

FINALIZANDO SOBRE O ASSUNTO DA ILUMINAÇÃO CÊNICA FRONTAL

E só voltando, então, à questão que você fez sobre a iluminação frontal.

Então, não existe o certo e o errado, O QUE EXISTE DE VERDADE É:

- o que você têm em suas mãos no momento;
- o equipamento que você domina e os que você tem que conhecer;
- o conhecimento técnico entre Fonte de Luz e a projeção da luz em relação ao Instrumento;
- o entendimento a influência dos ângulos do Instrumento em relação ao objeto iluminado e quem o vê.

Cuidados ao selecionar o ângulo da Iluminação Frontal:

- Portanto se eu cruzar, eu consigo ter uma luz muito mais homogênea no espaço;
- Por exemplo, se eu deixar reto, eu corro o risco de ter um pouco mais de sombra;
- Certamente, às vezes, é pouca coisa, mas a gente consegue ver;
- Ou seja, em terceiro, não esqueça do sujeito receptor, de quem está vendo, que, nesse caso, é o público;

Perguntas recorrentes para uma ótima escolha na Iluminação Frontal:

- Que lado que esse público vai estar, desse espetáculo?
- É um teatro que eu tenho a lateralidade muito grande ou só tenho frontal?
- Eu vou ter ele em uma única camada ou eu vou ter frisa, eu vou ter camarotes?

Entenda que a questão de você definir o Instrumento de Iluminação frontal é apenas uma pequena parte diante do que é todo um projeto de iluminação.

Qualquer dúvida entre em contato comigo e a gente vai se falando, valeu?

Gratidão.