Iluminação Cênica: Arte, Ciência e Tecnologia

Iluminação cênica online Alessandro Azuos

Ser-Luz, falo toda a base da Iluminação Cênica, além de muitas informações que nenhum outro canal fala sobre isso.

Porque sempre me perguntam quanto à questão de criação, como que eu crio, o que eu levo em conta, o que eu levo em consideração.

Enfim eu sei que seria uma aula, falar sobre essa questão da criação, mas isso eu vou deixar a aula para outra oportunidade.

Na verdade, eu vou estar falando de três atributos que eu considero extremamente importantes na hora da gente criar uma iluminação, que é a união entre a arte, a ciência e a tecnologia.

ILUMINAÇÃO CÊNICA, O COMEÇO DE TUDO

Então, é o seguinte, sempre fazem essa abordagem para mim, tanto nas aulas presenciais quanto aqui online. E, assim, eu nunca tomei uma, vamos dizer assim, atitude.

Por quê? Porque grande parte dessas atribuições que eu falei, eu desenvolvo ela através do meu blog e através desse canal aqui que você pode estar olhando agora.

Só que de uma maneira, assim, separada.

Para mim, a criação de um projeto não está somente ligada à questão da tecnologia que você utiliza,

Na verdade, não, na verdade, eu falo que tem que estabelecer esses três parâmetros e tentar fazer com que a gente balanceie a questão da arte, ciência e tecnologia.

Então, a arte, quando você tem algo extremamente artístico, uma luz muito artística e esquece que existe uma tecnologia por trás, esquece que tem toda uma ciência por trás da luz.

Ao mesmo tempo, quando você pensa somente na questão da ciência.

“Ah, eu vou deixar de usar tal cor, porque essa está cor pode ter uma reação que eu não estou querendo”.

Quando você trabalha tecnologia então, parece que você está fazendo showroom dentro do seu projeto, seja ele na iluminação para entretenimento, seja ele para iluminação ligada à arquitetura.

Quando você tem muita tecnologia, acaba aparecendo muito mais do que o próprio projeto em si.

A não ser que este seja o intuito, “tá”?

Vamos estabelecer isso.

Tudo é questão de equilíbrio juntamente com aquilo que você vai estar executando no seu projeto.

UM BOM PROJETO DE ILUMINAÇÃO CÊNICA TEM QUE TER NO MÍNIMO…

Então, se você conseguir aliar, por exemplo, uma iluminação num projeto que você consiga fazer uma iluminação artística,

entendê-la como é todo o seu funcionamento físico, psicológico, social, que é a parte de toda ciência, e juntar aquilo com uma questão tecnológica,

ou seja, como eu vou estar colocando, que tipo de fontes são interessantes para que eu possa estar executando um projeto de forma artística, de forma funcional,

para que caiba dentro daquele projeto.

Se você conseguir estabelecer o parâmetro nesse balanceamento, tenho certeza de que o seu projeto será extremamente magnífico e seu cliente vai gostar muito.

E eu vejo que falta muito esse equilíbrio nos projetos.

Para quem não sabe, eu já trabalho dentro de associações culturais já há doze, treze anos, então eu posso dizer assim porque eu conheço bem isso.

E a grande maioria sempre vai puxar sardinha para um lado, ou é mais artístico ou é mais tecnológico.

A ciência às vezes acaba até sendo deixada de lado.

PORQUE FALTA TANTA INFORMAÇÃO SOBRE CRIAÇÃO NA ILUMINAÇÃO CÊNICA NO BRASIL?

Aquela questão de você pensar como aquilo vai agir, como a fonte de luz vai agir dentro do seu cérebro, como aquilo vai agir dentro do seu corpo, como que você vai entender isso.

Então, isso eu vejo que às vezes é um pouquinho deixado de lado.

E às vezes eu encontro espetáculos que tem uma alta tecnologia, só que falta, porque há um uso tão extremo da tecnologia e acaba, assim, me assustando um pouco.

Porque eu falo assim “cadê o aparato artístico? Cadê o aparato mais científico ali do negócio?”.

Do mesmo jeito, que às vezes eu recebo espetáculos de gente totalmente assim, desculpa do palavreado, não que seja proibido, “tá”?

Deixa eu deixar bem claro isso.

O que eu estou falando aqui é uma questão de concepção que eu tenho.

E às vezes o espetáculo é artístico demais, ele se mantem naquilo.

Você não vê um trabalho em cima daquilo, sabe?

Às vezes, eu falo assim “você trabalha fazendo iluminação por instinto”.

Quando você trabalha com instinto, é só fazer arte.

E não é, mesmo a arte tem toda uma tecnologia e uma ciência envolvida.

Então, vamos tentar pensar um pouquinho mais.

Principalmente, de todos os profissionais que eu recebo, que eu começo a conversar,

eu sempre tento entender esses três parâmetros, para poder entender realmente se esses três parâmetros ou atribuições,

eles estão de acordo com aquilo que eu penso, se eu não estou em uma tese errada.

DESENVOLVA TÉCNICAS NA ILUMINAÇÃO CÊNICA…

Eu acabei desenvolvendo uma técnica, que eu aplico essa técnica, geralmente, nas minhas oficinas presenciais e o resultado é bem interessante.

Eu utilizo, claro, tudo isso que eu estou falando para você, essa metodologia, aplicada uma técnica que eu venho desenvolvendo durante esses vinte anos.

E a técnica, assim, que eu trabalho, ela vai desenvolver também a questão da criatividade.

Então, eu vou estar trabalhando essas três atribuições juntamente com quem estiver participando de uma forma que ele comece a criar.

Ele tenha parâmetros tanto artísticos, científicos quanto técnicos e tecnológicos.

Faça disso uma base para poder estar entregando um projeto completamente diferente, completamente original para cada cliente.

Mesmo tendo pouquíssimo tempo, “tá”?

Porque eu utilizo isso e eu falo “às vezes, eu não tenho tempo para poder estar criando tanto do jeito que eu gostaria”, mas, com certeza, um trabalho meu sempre foi diferente do outro.

Então, quer dizer, se isso funcionou para mim, isso funciona também para você.

Então, pensa um pouquinho nisso.

Leva sempre em conta, quando você for criar um projeto em iluminação.

Seja ele projeto para entretenimento, ou seja, teatro, dança, seja ele para exposição, para o seu show, para seu evento, que hoje em dia a gente tem inúmeros eventos.

Seja ele para uma fachada de uma loja, seja ele para iluminar um jardim, que é bem técnico, ou então dentro de uma residência, que você pode estar unindo ali a questão do artístico e do funcional.

Então, tenta levar em consideração essas três atribuições: arte, ciência e tecnologia.

Tenho certeza de que se você levar isso, o seu projeto vai sair muito mais rápido, muito mais fácil e de uma forma original para quem pedi-lo.

Combinado?

Qualquer dúvida entre em contato comigo e a gente vai se falando, valeu?

Gratidão.