Ser-Luz, hoje vai ser um post um especial na Iluminação Cênica Brasileira.
Será um pouco maior, até para dar alguns esclarecimentos sobre a questão: “Possibilidades da Iluminação”
É uma metodologia que tenho como base meus estudos com meu mestre Mauricio Rinaldi, em Buenos Aires.
E, na verdade, eu apliquei ela e fui adicionando elementos dentro da realidade em que eu estou acostumado, em que praticamente nós, aqui no Brasil, vivemos.
SERIA ALGO COMO ILUMINAÇÃO CÊNICA E SUAS POSSIBILIDADES?
Na verdade, Tudo que eu mostro tem muito a ver com essa técnica que eu acabei desenvolvendo, acabei acrescentando.
Eu trago muito dessa técnica junto às minhas aulas presenciais, junto às minhas oficinas.
Quem já participou de oficinas minhas sabe que desde o primeiro dia de oficina até o último, eu sempre faço uso dessa técnica, pioneira em nossa área.
Digo pioneira porque até o momento não existe nada comparado a forma com que ensino.
Porque toda essa técnica que eu estou trazendo, chamada de “Possibilidades da iluminação”, na verdade, nada mais é que uma investigação que:
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- você faz desde o “pré-concepção de um Projeto”;
- passando por diversas fases, das quais eu divido em três etapas, até chegar à finalização, que é o trabalho completo.
Só que, assim, o interessante dessa técnica, o que é?
Em nenhum momento eu vou falar o que você deve usar, mas sim você vai compreender o que deve ser usado para se chegar dentro de um processo final, quando você está criando o seu Projeto de iluminação.
Bom, todo mundo sabe que eu não falo um outro termo que todo mundo usa.
Eu uso o termo “Projeto de Iluminação”, porque, para mim, ele é algo extremamente complexo.
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- Você tem desde a criação, desde rabiscos daquilo que você realmente quer fazer;
- Vai acompanhar pensamentos, você vai acompanhar ensaios, você vai acompanhar e registrar isso de uma maneira que fique fácil para que você compreenda;
- E depois consiga solucionar através das diversas etapas que você vai passando, que eu disponibilizo.
ILUMINAÇÃO CÊNICA E SUAS POSSIBILIDADES – PARTE 01
A primeira parte, eu falo que é bem interessante que é a questão: estuda “O QUE É?”.
É você entender o máximo “do máximo” possível aquilo que você vai iluminar. Então, nesse vídeo eu vou falar sobre essa primeira etapa, hoje.
Depois, outras etapas eu vou falando com o tempo aqui, então é só ir me acompanhando que você vai receber, com o tempo.
Essa primeira fase nada mais é que você compreender o que realmente precisa ser feito, é você fazer os primeiros contatos com aquela obra.
Quando eu digo obra, eu falo de uma maneira muito geral, porque as “Possibilidades da Iluminação” são aplicadas em diversos segmentos, desde a artística até uma iluminação mais funcional:
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- E, para mim, isso é extremamente importante, que você compreenda isso, que a iluminação artística abrange diversos seguimentos e a iluminação funcional também abrange outros.
- A iluminação funcional é muito mais técnica, ela é feita em cima das NR`s, tudo, enquanto a iluminação artística é uma iluminação um pouco mais livre, porém ela não deixa de ter técnicas também.
Então, eu falo que o primeiro passo começa por aí, você tentar entender o que realmente você tem que iluminar.
Toda essa primeira fase vai dar base para todo o restante que vier, é extremamente importante que você entenda isso.
Alguns estudiosos chamam essa primeira parte de semiótica.
ILUMINAÇÃO CÊNICA E SUAS POSSIBILIDADES – PARTE 02
A segunda etapa é você tentar compreender como funciona a questão de toda a visualidade daquilo que você vai trabalhar.
Ou seja, você vai ter que entender, de alguma maneira, como funcionam as questões de aplicações visuais dentro daquilo.
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- E a questão de figurino que vai usar, questão de distribuição espacial que vai estar aquilo que você vai iluminar,
- O que terá no cenário, se não vai ter cenário, se o cenário vai ser simples, se o cenário vai ser complexo, o tipo de estrutura física que você vai ter.
- A partir do momento que você vai iluminar qualquer situação, sempre você vai ter que pensar também nas barreiras que você vai ter ali.
Entenda que tudo que vemos no palco é reflexão da luz,.
A luz, em si não existe, só vemos reflexo das coisas.
Isso é muito interessante, já que você entenda e compreenda isso já nessa primeira fase, que é toda uma compreensão visual daquilo que você vai estar estudando e aprimorando antes das duas próximas fases.
E por que tudo isso?
Por que é tão importante a gente pensar nisso?
Porque, a partir do momento que você entende realmente o que você precisa iluminar, você consegue:
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- criar um projeto com muito mais autenticidade, com muito mais originalidade,
- você não vai estar preocupado em criar clichês de linguagem visual que a gente sabe que tem muito.
Então, para isso, que é muito importante que você entenda o que você quer iluminar.
A SEMIÓTICA NA ILUMINAÇÃO CÊNICA (COMO POUCOS SABEM EXPLICAR)
Eu acho semiótica uma palavra um pouco pesada e pode assustar.
Mas, na verdade, tudo isso que você está fazendo não deixa de ser semiótica.
Porque, na verdade, a semiótica é o estudo dos signos, que eu abordo, eu trabalho com o significado e o significante. Eu trabalho com essa linha de pensamento dentro da semiótica.
E, a partir do momento que a gente compreende algumas coisas, você vai ver que você não vai estar deixando de trabalhar junto à semiótica.
É que as vezes ela chega de uma forma um pouco complexa, porque ela é complexa, se você for estudar ela a fundo, ela chega a ser um pouco complexa, ela não é muito legal, exige vários estudos.
Só que, a grosso modo, é isso.
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- A partir do momento que você para para pensar e analisar, tudo que a luz influencia no espaço que você vai trabalhar não deixa de ser uma semiótica, porque você vai ter que estudar toda aquela composição de espaço para fazer toda essa análise visual, que eu chamo.
- Então, para isso, existem técnicas, não é somente eu olhar uma determinada cena e falar “ah, aqui eu vou jogar vermelho”, “ah, aqui eu vou jogar azul”.
Além de toda essa base que você vai ter, vai ter uma coisa extremamente importante, que eu comecei a falar ali, você vai ter bases de argumentação para a venda do seu projeto.
E, com isso, você consegue explicá-lo de uma maneira melhor e solucionar os problemas que vierem a ter durante o ocorrido, durante o processo de criação do projeto.
Eu estou falando ensaio porque eu trabalho muito com a questão de espetáculos, então eu sei que é disso.
Mas, por exemplo, um arquiteto pode trabalhar isso?
Pode, ele vai trabalhar dentro da obra, ele vai estar visitando a obra, ele vai entender através de CAD, de todo esse processo de softwares que ele compõe, ele vai entender muito melhor aquela situação e desenvolver o projeto muito melhor também para o cliente.
O QUE FALTA PARA VOCÊ CRIAR UM PROJETO EM ILUMINAÇÃO CÊNCIA MAIS PROFISSIONAL?
E é isso que eu quero estar mostrando dentro dessa primeira fase, eu quero que você compreenda.
Porque a questão de você entender esses pormenores e o que você vai iluminar é extremamente importante para o restante.
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- Imagina que isso daí é um gráfico;
- Você tem um gráfico no qual você tem uma linha de zero a cem;
- É como se você fosse fazendo uma graduação, você vai subindo esse gráfico à medida que você vai colocando conhecimento dentro daquela obra que você vai estar projetando a iluminação.
E, com isso, você vai conseguir também desenvolver um projeto, como eu falei, muito melhor, muito mais voltado a tudo aquilo que você está estudando, sem muito instinto, porém de uma maneira técnica juntamente.
E o que eu falo, a partir do momento que você entende tecnicamente a iluminação como um todo, porque nas outras fases você vai conhecer outras argumentações que vão te dar uma base para tudo isso.
Então, é a primeira coisa que eu falo quando eu estou começando a destrinchar essa técnica “possibilidades da iluminação cênica”, primeiro entenda o que você quer iluminar.
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- Dentro daquele espaço, o que você vai ter que fazer ali.
- Ele vai ser um espaço mais concentrado ou um espaço mais geral?
- Terá uma combinação entre um objeto e o fundo, entre um objeto e lateralidades?
Qual é o ângulo de visão da pessoa que vai estar assistindo, qual é o ângulo de visão que você vai ter, do tipo de teatro que você quer apresentar?
Vai ser um teatro convencional, vai ser um teatro de arena?
Ou vai ser um espaço, por exemplo, em festas que a gente tem um espaço todo tridimensional ali?
Como que vai ser isso? Então, tudo isso você começa a perceber e a estudar dentro dessa primeira fase.
E AGORA? COMO DEVO CONTINUAR AS “POSSIBILIDADES DA ILUMINAÇÃO”?
E, a partir daí, você vai começar a entender o espaço de uma maneira completamente diferente, de uma maneira muito mais técnica.
Claro, vai vir aquelas coisas, vai vir aquele desejo “não, aqui eu já vou usar isso, aqui eu já vou usar aquilo”.
Mas calma, isso daí a gente vai deixar para uma outra fase que vem um pouquinho mais para frente.
O importante, nessa primeira fase, é isso.
É você poder compreender, você poder entender o que esse espaço pode te dar para você tirar o máximo de proveito disso e criar um projeto totalmente original, fugindo de clichês, principalmente o clichê.
Por que eu estou trazendo isso?
Porque, assim, todo mundo sabe que eu trabalho em centros culturais já tem um grande tempo e, assim gente, eu não aguento mais ver clichê, eu não aguento mais.
Eu não aguento mais ver as mesmas luzes, os mesmos filtros, as mesmas cores, o mesmo desenho de projeto de show, de tudo.
E eu falei:
Eu vou começar a trazer isso à tona, porque eu sei que essa técnica que eu estou trazendo, essa nova metodologia de aplicação para projeto de iluminação, eu sei que ela é bem interessante e a gente vai estar falando muito disso esse ano.
Acho que, por enquanto, para a gente dar esse pontapé inicial nessa conversa, isso já é um belo início.
Se você tiver qualquer dúvida quanto a esse post, entre em contato comigo para a gente poder estar conversando melhor.
Seu feedback é extremamente importante para mim.
EXPLICANDO UM POUCO PORQUÊ TENHO MATERIAIS SOBRE ILUMINAÇÃO CÊNICA NA INTERNET DESDE 2008…
E, uma das minhas principais funções, desde que eu comecei o meu canal, o meu blog, isso há dez, doze anos atrás, sempre foi isso: estar trazendo uma informação de rápida absorção.
Eu não digo rápida para ela ser fácil, não é nada isso, mas sim para ela se tornar, vamos dizer assim, “degustável”, não sei qual palavra exatamente usar.
Mas seria isso, para ela se tornar de fácil compreensão, porque você fazer um projeto de iluminação não é somente você trabalhar com determinado console, não é você trabalhar somente com determinado software, ele está muito além disso.
E é esse além que eu venho trazendo nesses diversos anos, nesses mais de dez, doze anos que eu tenho todo esse material online. Quem já participou das minhas aulas presenciais, sabe muito bem disso, porque eu fico muito em cima disso.
Para tentar fugir de tudo que você já viu e tentar criar um projeto que agregue à sua marca.
É isso que você tem que entender, a sua marca, o seu nome vem antes do projeto.
Porque depois vão falar assim “ah, foi fulano que assinou aquele determinado projeto”, “nossa, mas aquele projeto tem isso”, “ah, mas fulano que assinou”.
Por mais que alguém chegue e fale “aqui eu quero determinada cor”, quem decide isso é o iluminador, porque o iluminador que é o criador visual juntamente com toda a parte criativa daquilo que ele está fazendo, daquele conjunto de pessoas que estão com ele.
Vamos trocando ideia, porque o mundo da iluminação, cada vez mais, está mudando e a gente precisa poder acompanhar, principalmente aceitar as novas ideias.
E eu tenho certeza de que se você começar a acompanhar isso, você vai ver que os seus projetos ficarão muito mais incríveis. Isso eu te dou garantia, isso eu te dou certeza. Combinado?
Então, último convite para assistir a entrevista que dei a Rede Globo Regional de SP comentando sobre meu CURSO ILUMINAÇÃO CÊNICA ON-LINE:
BORA ILUMINAR O MUNDO!!!
Créditos
Fotos: Arquivo Pessoal
Arte: Alessandro Azuos
Site entrevista: https://youtu.be/kzNdf3Dz7K8
Brindes especiais do post
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Agora poderá ouvir o Podcast do “Cartilha de Iluminação Cênica”, ouça no link abaixo: