Iluminação Cênica: função “Ser Operador” (parte 1/3)

Ser-Luz, uma das principais funções na Iluminação Cênica: o operador.

Esse post é parte 1/3 de uma trilogia sobre as funções no ramo da Iluminação Cênica.

Seu sucesso foi tão grande entre meus vídeos que agora o trouxe para cá também, registrando mais uma nosso setor de trabalho.

Mas é uma série de uma trilogia, uma trilogia de vídeos, eu vou falar quanto à questão de operador técnico parte de iluminador que está trazendo essas três grandes funções aqui para que gente possa entender um pouco mais. 

 

Atenção: esta trilogia comentando sobre as funções são opiniões pessoais, não nenhuma ligação de forma acadêmica ou com algum SATED.

 

Porque falar das funções na Iluminação Cênica

Não sei se você sabe, mas há uma regulamentação para as funções dos artistas e técnicos de espetáculos, somos regulamentados pela lei 6533/78.

Essa lei regulamenta as funções técnicas de operador e eletricista de teatro, e na função de artista como iluminador, tal informação deve ser obtida pelo SATED de seu Estado.

 

Por se tratar de uma lei de 1978, faltam algumas funções que surgiram desde que regulamentada, como:

 – programador de iluminação (devido a chegada de consoles e softwares)

– e rigger (este último são profissionais que trabalham pendurados em grandes alturas ).

 

A função de eletricista de teatro era dada ao Profissional que cuidava dessa área, mas hoje em dia isso faz parte da função técnica, conhecer pelo menos o básico em eletricidade.

Na época em que foi criada a lei, os eletricistas de teatro eram também os que operavam, por isso também a ligação atual de nossa função para esta área.

Para a criação em iluminação, até a alguns anos atrás, o próprio diretor se encarregava de criar de acordo com a estética que ele destinava a sua montagem, hoje em dia isso é bem diferente.

 

Função: SER Operador na Iluminação Cênica

A função do Operador hoje em dia é bem diferente de 10, 15 anos atrás, num período em que você contava com sistemas analógicos, mas hoje é bem diferente.

Antigamente ele era mais prático, o sistema era todo manual, praticamente se fazia ao vivo.

Diferente de hoje que o operador tem que entender um pouco de programação de consoles e softwares, um pré-trabalho muito importante.

Eu demorei a entender o digital, como vim do analógico, era difícil compreender o que era um “patch”, ou a sequência de programação, mas confesso que hoje em dia adoro o digital.

 

O operador na atualidade tem diversas maneiras de se trabalhar nos Consoles, podendo:

 – optar por programações automatizadas,

– ou gravar a sequência e ir “operando manualmente”

– ou mesmo gravar em faders e botões que são ativados no momento certo.

 

Os Consoles são aparelhos computadorizados que utilizamos para operar os instrumentos robóticos, LED, cenários, mas para isso é necessário entender funcionamentos de eletrônica e linguagem computacional.

Isso porque estará trabalhando com aparelhos robóticos, então essa é a maior diferença quando falamos dos sistemas do passado. 

 

Protocolos e sistemas em rede na Iluminação Cênica

Outra coisa muito  importante é entender de sistemas de rede, o que são os protocolos digitais (linguagens entre computadores) e como isso poderá te ajudar, já que você programa o software para operar junto com você.

Então deverá ter essa noção que os consoles e softwares existem para ajudá-lo, não para fazer o seu trabalho.

Os consoles nos auxiliam muito, otimizam o tempo e trazem praticidade.

 

Através do conhecimento em Softwares, principalmente os 3D, você consegue montar virtualmente o ambiente,.

Chegando no local poderá acertar posições e intensidades, detalhes que facilitam nossa vida no dia a dia. 

 

Apesar dos Softwares estarem entrando com uma força gigantesca no mercado da iluminação, acredito que não substituirão os Consoles, bem, é o meu pensamento hoje, enquanto descrevo este post.

O uso atual do digital deverá estar presente na rotina do operador em Iluminação Cênica, seja em qualquer área do entretenimento, deverá fazer parte da rotina esses conhecimentos.

São mecanismos que o ajudarão bastante na hora de criar e montar, cabendo ao operador entender pelo menos sobre 2 Consoles e Softwares.

Com o tempo ele entenderá muito mais, já que lembram muito quando comparados uns com os outros.

Outro lance interessante que cada operador te seu “jeito” de trabalho, de organizar o sistema operacional, por isso é importante entender tudo isso que já foi descrito aqui.

 

 A internet veio para democratizar todo o conhecimento

Hoje em dia o acesso a essas informações de programação de Consoles e Softwares são muito fáceis de se conseguir.

No YouTube você encontra muitos profissionais fantásticos que ensinam gratuitamente e sem problema algum.

Eu demorei muito a entrar nesse ramo digital, por isso hoje eu incentivo muito a qualquer Profissional em Iluminação Cênica a conhecer e utilizar em seu dia a dia.

Há uns 10 anos atrás era bem complexo se conseguir informação, estava na mão de poucos esses conhecimentos, a internet veio para democratizar tudo isso.

Te convido a assistir essa entrevista que fiz junto a Rede Globo – Regional de Campinas, só clicar:

 

Esteja atento às novidades do mercado digital da Iluminação Cênica

Esse é outro assunto importante: a atualização contínua.

A dica que sempre passo é aprender bem o básico para depois passar às outras etapas, para se chegar aos níveis intermediário e avançado.

Entenda também que o operador sempre estará ao lado do iluminador, será uma espécie de extensão dele, é o responsável por levar a cena a ideia do iluminador.

Mais a frente falarei do iluminador, mas com certeza ele deverá entender um pouco sim sobre o operacional, o que facilitará muito as conversas com o operador.

Pode ocorrer muitas vezes do diretor do espetáculo também solicitar mudanças.

Caberá ao operador  compreender tudo e todos, ter essa habilidade de lidar com isso sem se estressar.

O operador que viaja com os espetáculos geralmente monta, cabe ter o conhecimento e entender mapas de iluminação, além de seguir roteiros.

Muitas vezes terá que refazer e adaptar aos espaços, por isso a importância da comunicação sempre com os criadores.

 

Operar na Iluminação Cênica é ser nobre

Bem era esse o primeiro recado que gostaria de deixar por aqui, sempre esteja “antenado” a tudo.

Todas essas questões tecnológicas, comportamentais, comunicação fará parte do seu dia a dia.

Digo isso porque trabalho há 20 anos no ramos, e muito do que aprendi deixo registrado aqui na internet.

Ser operador/a é algo muito nobre, uma função precisa e fantástica.

Muito obrigado pela atenção e no post seguinte comento mais sobre algumas atribuições técnicas.

 

LEIA O POST 02, AQUI “SER TÉCNICO”

BORA ILUMINAR O MUNDO!!!

 

Créditos

Fotos: Juliana Hilal

Arte: Alessandro Azuos

 

Brindes especiais do post

Saiba mais no maior canal sobre Iluminação Cênica do Brasil, inscreva-se GRÁTIS agora mesmo aqui.

 

Agora poderá ouvir o Podcast do “Cartilha de Iluminação Cênica”, ouça no link abaixo:

BORA ILUMINAR O MUNDO!!!


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